The Story
Friday, January 22, 2010
Eu
E derepente tudo é normal novamente, deixei o vicio de humilhar o corpo aos fins de semana, sequelas manifestam-se através de um medo terrível de me perder para todo o sempre de mim, medo de me tornar inadaptada na resposta a estímulos exteriores na presença de semelhantes, dificuldade em definir os meus limites corporais embora apresente um índice de massa corporal elevado e repugnante, visões assustadoras de pequenos orgãos mortos que por sua vez se encontram a funcionar dentro de mim, saudades minhas e ainda não morri. Sensação de vazio, solidão, incapacidade de me assumir como um "Eu" sem cordão umbilical. A compreender fenomenos banais do quotidiano que se encontram explicitos na mente de um miúdo de 5 anos. Sem sonhos, com baixa esperança média de vida, ampliação do universo das doenças através da leitura exaustiva sobre as mesmas, dificuldades de concentração acompanhadas por pensamentos esquizofrénicos quanto ao genero e a forma embora esteja bem patente, existe uma obessão em questionar. A ler o espaço vazio do Peter Brook para preencher um espaço vazio em mim.